De histórias sou contador
E conto seja o que for
Em prosas simples ou rimadas
Semelhanças com a realidade
Elas podem ter na verdade
Mas todas são inventadas!
Eu digo o que vem a calhar
Sem muita ou pouca ciência
Se com a verdade parecer
Então eu só poderei dizer
Que é impura coincidência!
Hoje, sem nada para contar
Fico aqui a imaginar
Como tudo seria diferente
Se todos nos entendêssemos
E em paz assim vivêssemos
Animais, natureza e gente!
Para dizer a verdade
Ás vezes sinto saudade
Dos tempos da minha infância
Não é que queira lá voltar
Mas gosto de recordar
Aquela santa ignorância!
Vivia na inocência
Sem arte ou qualquer ciência
Era assim o dia a dia
Enquanto o tempo passava
Comia, bebia, brincava
Sempre com muita alegria!
Mas a infância passou
E finalmente chegou
A idade tão desejada
Num adulto me transformei
Trabalhei, fui à guerra e casei
E a vida ficou complicada!
Tal como um burro cigano
Sempre apanha do seu dono
Mesmo que isso não mereça
Também tenho a minha sina
Tudo o que Deus me destina
Apanho na minha cabeça!
Mesmo que isso não mereça
Também tenho a minha sina
Tudo o que Deus me destina
Apanho na minha cabeça!
Não é para protestar
Nem sequer assim deixar
Queixas ou rebeldia
Só quero estar em paz
Com o que ficou para trás
E viver o dia a dia!
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