O FADO

"Aqui fica este fadinho que pode ser menor"

UMA NOITE TODA A NOITE
MESMO ATÉ AO AMANHECER
SOU EU CAPAZ DE CANTAR
SE ME DEREM DE BEBER

SE MEDEREM DE BEBER
E MAIS QUALQUER COISINHA
EU PRECISO DE COMER
PARA ENCHER A BARRIGUINHA

PARA ENCHER A BARRIGUINHA
E MANTER ESTA ENERGIA
SE ME DEREM MAIS UMA PINGUINHA
EU CANTO ATÉ AO MEIO- DIA

EU CANTO ATÉ AO MEIO-DIA
ESTE CANTO VERDADEIRO
PARA MANTER ESTA ALEGRIA
EU CANTO UM DIA INTEIRO

EU CANTO UM DIA INTEIRO
ESTE CANTO QUE NÃO ENGANA
SE NO BOLSO TIVER DINHEIRO
EU CANTO TODA A SEMANA

EU CANTO TODA A SEMANA
DIGO EU MAIS UMA VEZ
ESTE CANTO QUE NÃO ENGANA
EU CANTO TODO UM MÊS

E AGORA VOU-ME CALAR
PARA VER SE NÃO ME ENGANO
PORQUE PARA PODER RIMAR
TINHA DE CANTAR TODO O ANO

CANTO AQUI CANTO ACOLÁ
EU CANTO EM TODO O LADO
AGORA DIGAM-ME LÁ
SE GOSTARAM DESTE FADO

RIMAS POPULARES

PARA SEREM BEM POPULARES
AS RIMAS SÃO FEITAS AOS PARES
SEGUNDO ORDEM ESCOLHIDA
E SE ISSO NÃO ACONTECER
NÓS PODEREMOS ENTÃO DIZER
QUE A RIMA FICOU PARTIDA!


"As palavras vou juntando "

ESTA COISA DO VERSAR
NÃO TEM NADA QUE SABER
É SÓ PÔR A RIMAR
AQUILO QUE SE QUISER DIZER

PARA MOSTRAR A RAZÃO
DO QUE ESTOU A AFIRMAR
LEIAM LÁ COM ATENÇÃO
ESTA COISA DO VERSAR

AS PALAVRAS VOU JUNTANDO
NO VERSO QUE QUERO FAZER
E ELAS LÁ VÃO RIMANDO
NÃO TEM NADA QUE SABER

DEPOIS DE UM VERSO FEITO
HÁ QUE ENCONTRAR O SEU PAR
E COM MAIS OU MENOS GEITO
É SÓ PÔR A RIMAR

PARA NÃO FICAR PARTIDA
HÁ QUE OUTRA RIMA FAZER
QUE DEVERÁ SER CONSTRUIDA
COM O QUE SE QUISER DIZER

O POETA

“Na sua ingenuidade”

O POETA É UM SONHADOR
E SONHA SEMPRE ACORDADO
ELE DÁ MUITO VALOR
AO VALOR QUE LHE É DADO


O POETA NO SEU VIVER
VIVE A VIDA COM AMOR
POR ISSO PODE-SE DIZER
QUE O POETA É UM SONHADOR


A VIDA ÁS VEZES É TÃO TRISTE
NÃO NOS LEVA A NENHUM LADO
MAS O POETA NÃO DESISTE
E SONHA SEMPRE ACORDADO


E NA SUA INGENUIDADE
FALA AS VEZES COM ARDOR
E Á MAIS PURA VERDADE
ELE DÁ MUITO VALOR


E COM MUITA GRATIDÃO
GUARDA BEM GUARDADO
UM LUGAR NO CORAÇÃO
AO VALOR QUE LHE É DADO

O MEU "COISO"

“ Rima um pouco mais atrevida”

INCHA O MEU “COISO” DE VAGINAL DESEJO
NUM IMPONENTE MOMENTO DE TESÃO
ESPERANDO IMPACIENTE O ENSEJO
DE CUMPRIR FINALMENTE SUA MISSÃO!

E ENQUANTO HUMIDA A VAGINA AQUECE
O “COISO” REPETIDAMENTE VAI PENETRANDO
DE UMA FORMA INTENSA QUE MAIS PARECE
O EMBOLO DE UM MOTOR FUNCIONANDO!

E NESTE DESEJO INSACIÁVEL
DE ENTRAR E SAIR TÃO APRESSADO
EIS QUE CHEGA O MOMENTO INIMAGINÁVEL
E O SUBLIME PRAZER FOI ALCANÇADO!

E ATINGIDO O EXTASE TÃO ESPERADO
GOZA-SE O MOMENTO COM EMOÇÃO
COMO SE O MUNDO INTEIRO TIVESSE PARADO
E NADA EXISTA PARA ALÉM DESTA UNIÃO

MAS PASSADA QUE FOI ESTA LOUCURA
EM QUE A TERRA POR MOMENTOS ABANDONÁMOS
APENAS FICAM ALGUNS RESTOS DE TERNURA
RECORDANDO TODO O AMOR QUE JURÁMOS!

É BREVE E FUGAZ A DESPEDIDA
NUM TERNO E DOCE BEIJO DE PRAZER
O MEU "COISO" CAIU E FICOU SEM VIDA
ESPERANDO NOVO MOMENTO DE SE ERGUER!

POR ESTA RIMA UM POUCO MAIS ATREVIDA
QUE ME PERDOEM AQUELES MAIS PURITANOS
MAS QUEM VIVE DESTA FORMA ASSIM A VIDA
QUE VIVA POR MUITOS, BONS E LONGOS ANOS!

AMIGOS DE INFANCIA

“Confraternização”

MAIS UMA VEZ REUNIU
O GRUPO QUE DECIDIU
DESTA FORMA SE JUNTAR
VELHOS AMIGOS DE INFANCIA
QUE O TEMPO E A DISTANCIA
NÃO CONSEGUIU SEPARAR

UNS DE CARRO, OUTROS A PÉ
CHEGAMOS AO “SEU CAFÉ”
QUASE NO MESMO INSTANTE
PARA LOGO ALI DECIDIR
PARA ONDE HAVERIAMOS IR
QUAL SERIA O RESTAURANTE

FOMOS NO CARRO DO JOÃO
QUE NÃO É MAIS QUE UM JIPÃO
QUE A TODOS PODE LEVAR
SANTA BARBARA ERA O DESTINO
PARA UM RESTAURANTE BEM FINO
QUE A TODOS IRIA AGRADAR

COM A COMIDA JÁ NA MESA
TIVEMOS DE PEDIR CONCERTEZA
O VINHO PARA ACOMPANHAR
UM BRANCO E UM ARAGONÊS
VEIO CADA UM Á SUA VEZ
E ENCHEIRAM-NOS O PALADAR

AS OVAS E AS LULINHAS
O PEIXE COM AS MASSINHAS
QUEM PODERIA RECUSAR
E NO FIM VIERAM PARA A MESA
OS DOCES POR SOBREMESA
E CONHAQUE PARA ACOMPANHAR

O “ZEZINHO” E O VITORINO
CUMPRINDO O SEU DESTINO
PASSARAM A TARDE A FALAR
MAS O PANCINHA E O ZÉ JOAQUIM
TAMBÉM ESTIVERAM ASSIM
E NINGUEM OS CONSEGUIU CALAR

A CONTA FOI UM ESPANTO
QUASE QUEBRAVA O ENCANTO
DE TARDE TÃO ANIMADA
O VITORINO DIZ BEM ALTO
ISTO PARECE UM ASSALTO
FEITO Á MÃO DESARMADA!

PARA TUDO ACABAR EM BEM
NO COIRO DA BURRA TAMBÉM
MAIS UM CAFÉ FOMOS TOMAR
DEPOIS FOI A DESPEDIDA
E MAIS UMA REUNIÃO PROMETIDA
TALVEZ PARA O ANO SE CALHAR

(Especialmente escrito para o amigo J. Inácio que não pode estar presente)

O TERCEIRO MILÉNIO

“Feito em Janeiro-2000”

O TERCEIRO MILÉNIO COMEÇOU
O SEGUNDO AINDA NÃO ACABOU
MAS QUE GRANDE CONFUSÃO
E ASSIM ANDA TODA A GENTE
SEM SABER REALMENTE
ONDE ESTARÁ A RAZÃO

PARA AUMENTAR A CONFUSÃO
DEIXO AQUI ESTA QUESTÃO
A QUEM QUISER RESPONDER
QUEM PODERÁ CONFIRMAR
QUANDO SE COMEÇOU A CONTAR
ESTAVA LÁ ALGUEM PARA VER


NESTA MINHA QUESTÃO
AS PESSOAS COM RAZÃO
NEM SEQUER IRÃO PENSAR
MAS O QUE SE HÁ-DE FAZER
NINGUÉM GOSTA DE PERDER
TODOS QUEREM GANHAR

MAS SE QUEREM MESMO SABER
EU AGORA VOU DIZER
QUAL A MINHA OPINIÃO
NÃO PRECISA ESTAR TRISTE
PORQUE O MILÉNIO SÓ EXISTE
NA NOSSA IMAGINAÇÃO


E AGORA A TERMINAR
GOSTAVA AQUI DE DEIXAR
ESTE VOTO VERDADEIRO
MESMO QUE O MILÉNIO NÃO MUDE
O QUE É PRECISO É QUE HAJA SAÚDE
AMOR, PAZ E DINHEIRO

Feito em Janeiro 2001

NÓS ESTAMOS COMEMORANDO
O TERCEIRO MILÉNIO QUE ESTÁ COMEÇANDO
ESTE ANO MAIS UMA VEZ
E COMO GOSTAMOS DE COMEMORAR
TALVEZ PARA O ANO SE CALHAR
VAMOS COMEMORAR OUTRA VEZ

(Já agora se tiver dúvidas poderá visitar: http://sweet.ua.pt/~fmart/index.html?2001)

IMPROVISOS II

(Quadras e Cestilhas)

TENHO ALMA DE POETA
MESMO SEM TER ESSE VALOR
EU SOU UM SIMPLES ATLETA
NUMA CORRIDA DE AMOR!

A VIDA TEM SITUAÇÕES
QUE EM CERTAS OCASIÕES
ATÉ DÁ VONTADE DISISTIR
MAS DEPOIS ULTRAPASSADO
ESSE NOSSO MAU BOCADO
ATÉ NOS APETECE SORRIR

EU CANTO PARA ESQUECER
O QUE ME ESTÁ A MAGOAR
CANTO ÁS VEZES SEM QUERER
CANTO SÓ PRA NÃO CHORAR!

NÃO VALE APENAR FUGIR
DO MEU DESTINO MARCADO
PORQUE ELE SEMPRE HÁ-DE IR
COMIGO PRA TODO O LADO

NÃO VALE A PENA CHORAR
DEPOIS DO LEITE DERRAMADO
É COMER SOPAS DEPOIS DO JANTAR
OU ENTÃO CHOVER NO MOLHADO

PARA MIM A INSPIRAÇÃO
É UMA COISA QUE SE HERDA
ÁS VEZES SAI UM VERSO BOM
OUTRAS VEZES SAI UMA MERDA

P’RA VERSAR DE IMPROVISO
TODOS SABEM QUE É PRECISO
TER GRANDE INSPIRAÇÃO
POR ISSO OS VERSOS QUE DIGO
SÃO VERSOS QUE TRAGO COMIGO
NA MINHA IMAGINAÇÃO

A PRIMEIRA HISTÓRIA

(Escrita aos 15 ou 16 anos)

ESTA É A HISTÓRIA COMPLETA
QUE UM TIPO DE BICICLETA
ENQUADROU EM CERTO DIA
ELE IA PARA A ESCOLA
TODO LANÇADO E À COLA
DE UMA HONDA QUE ZUNIA

MAS TALVEZ POR AZAR
OU SE CALHAR POR DESTINO
ELE SE FOI ESTATELAR
DANDO BEM ALTO UM PINO

CHEGA O GUARDA AFLITO
RAPA DE UM APITO
E METE-SE A APITAR
FAZ DIMINUIR A VELOCIDADE
A TODO AQUELE QUE PASSA
MAS HÁ UM QUE POR MAIS GRAÇA
FAZ DO GUARDA CHALAÇA
E METE GAZ A MOTORETA
POBRE DO GUARDA COITADO
LEVA UM TOQUE, FICA VARADO
E VAI PARAR Á VALETA
E TODA A MALTA GRITA BEM FEITA!
NÃO SE FOSSE PÔR NA ESTRADA
QUE É PARA GENTE DIREITA
E NÃO PARA GENTE ATRAZADA!

E DESTA MANEIRA ASSIM
TERMINO A MINHA HISTÓRIA
POIS AGORA DE MEMÓRIA
SÓ SEI ESCREVER, FIM!

IMPROVISOS

“Não quero ficar atrás”


FAÇO UM VERSO, FAÇO DOIS
COM MAIS OU MENOS IMPROVISO
E SE QUISEREM EU DEPOIS
FAÇO OS VERSOS QUE FOR PRECISO

EU NÃO QUERO FICAR ATRAS
DE QUALQUER POETA AFAMADO
POIS EU ATÉ SOU CAPAZ
DE FAZER VERSOS DEITADO

EM SANTA BARBARA HÁ QUEM FAZ
BONS VERSOS DE IMPROVISO
MAS EU CÁ NÃO FICO ATRAS
FAÇO O VERSO QUE FOR PRECISO

BONS POETAS TEM BORDEIRA
QUE IMPROVISAM A VALER
MAS EU CÁ DESSA MANEIRA
NÃO LHES FICO A PERDER

NO MONTENEGRO HÁ QUEM FAZ
VERSOS QUE SE PODEM COMPRAR
MAS EU CÁ NÃO FICO ATRAS
TENHO TAMBÉM VERSOS PARA DAR

ESTOI COM OS JOGOS FLORAIS
RECEBE VERSOS DE TODOS
MAS EU CÁ NÃO FICO ATRÁS
TENHO TAMBÉM VERSOS A RODOS

NESTE CONTINUO VERSAR
O QUE MAIS ME SATISFAZ
É SABER IMPROVISAR
PARA NÃO FICAR ATRAS

FAÇO VERSOS POR AMOR
PORQUE GOSTO DE VERSAR
E SÓ LHES DÁ VALOR
QUEM TIVER VALOR P'RA DAR!

O ZÉ E O MINOR

O RAPTO

O que aqui vos vou contar, é a história de um rapto, no qual participaram dois amigos quase inseparáveis, um bastante bonito que se chamava “Minor” e outro bastante jovem na inocência das suas dezanove primaveras que atendia por “Zé”.
Para onde ia o Zé, ia o Minor e vice-versa ou quase. Digo quase porque como é bom de ver, o Zé não se atrevia a levar o Minor para a cama, nem tão pouco para a sala de aulas, nem tão pouco ainda para dentro do corredor da entrada de um prédio lá para os lados da Aldeia, onde morava uma certa moça.
Mas, em todas estas situações podem estar certos de que o Minor não andaria muito longe do Zé.

Na verdade, o Minor só estava realmente longe, embora perto fisicamente, nos sonhos do Zé.

Aí sim, o Zé esquecia-se completamente do Minor. Bom mas isso são contas de outro rosário que também não interessam para esta história. Ou interessam?
Voltamos ao rapto que é a razão destas linhas.
Decorria quente o mês de Agosto nos finais do verão de 1970, quando aconteceu a história que vos quero contar.
O Zé, de há uns tempos para cá, levava amiudadamente o seu amigo Minor até à Aldeia porque estava interessado numa certa moça que lá morava.
Nas tardes noites das Quartas, Sábados e Domingos, (naquele tempo os namoros faziam-se nestes dias), era certo e sabido que os dois por lá andavam, um na esperança de poder estar um pouco à conversa com a moça e o outro na sua condição de inseparável amigo transportava-o incondicionalmente até onde fosse preciso. Bom, não se sabe bem se o Minor tinha ou não o conhecimento exacto, desta história, mas o Zé, já conversava com a moça há algum tempo, o namoro tinha começado no Carnaval do ano anterior, quase ás escondidas e depois continuado por cartas e mensagens secretas, transportadas desde Faro até à Aldeia, pela irmã da moça porque naquele tempo, os namoros eram coisa séria e careciam da autorização dos pais da moça.
Finalmente no início de Agosto, o casal de namorados decidiu-se a pedir a necessária autorização para oficializar o namoro.
A mãe da moça disse que quanto a ela tudo bem, desde que o pai autorizasse. Mas, o pai estava emigrado em França. Foi necessário escrever ao homem contando o que se passava e pedindo a sua concordância.
Enquanto aguardavam pela resposta o namoro foi continuando, mas à porta de casa, como mandavam as regras, sempre na presença do Minor e com supervisão da mãe da moça que do alto da janela do 1º andar vigiava o jovem par.
Á medida que o tempo ia passando o jovem casal ficava mais ansioso porque a resposta do pai da moça, demorava a chegar. No meio de tanta ansiedade, começaram a pensar que talvez não viesse ou que se calhar viria negativa. Então o jovem casal combinou que mesmo que a resposta fosse negativa não iam desistir e o Zé prometeu à moça que se não fosse autorizado o namoro ele a levaria no Minor, para a sua casa (entenda-se casa dos pais dele).
Finalmente lá chegou a carta e para desespero do jovem casal a resposta foi negativa, afinal a moça só tinha quinze anos e o pai achava, dizendo isso mesmo na carta que mandou escrever que ela era demasiado nova para namoros, aconselhando a espera de mais dois ou três anos e depois sim, teria idade para namorar.

Como veremos a seguir, não haveria maior engano.
Tal como diz o poeta, o coração tem razões que a própria razão desconhece.
Não querendo perder mais tempo, o Zé, começou a preparar os seus pais para o que iria acontecer, também ele agora precisava da autorização, para trazer a moça para a casa deles.
A coisa também esteve difícil lá para esses lados, chegando mesmo o moço no ímpeto da sua paixão, a ameaçar os pais de sair de casa, caso não lhe fosse dada a autorização para trazer a moça.
Não foi necessário chegar a tanto porque finalmente na manhã de Sábado, dia 28 do mesmo mês de Agosto, foi comunicada pela mãe do Zé a tão ansiada autorização. Nessa noite, o Minor voou em direcção à Aldeia, tentando que o seu amigo não perdesse mais tempo.
Encontraram-se os dois namorados na porta da casa da moça, logo ali combinaram que nessa mesma noite haviam de partir os três em direcção à casa do Zé.
Tudo combinado, o Zé e o Minor fingiriam abandonar a aldeia, mas ficariam no final da rua de baixo aguardando a chegada da moça que por seu lado sairia um pouco mais tarde de casa dirigindo-se no sentido oposto ao da partida do Minor, fingiria ir até à casa de uma amiga, depois regressava pela rua de baixo ao encontro dos dois que a aguardavam.
Já passava da meia-noite quando a moça finalmente chegou junto dos dois.
A partir daí, tudo decorreu na maior correria com o Minor, na raça do seu motor “Sachs” a transportar o “raptor” e a “raptada” até à casa do Zé.
Chegados, o Zé tratou de avisar os seus pais com um nervoso “já cheguei” escondendo de imediato, o seu amigo e cúmplice, para despistar qualquer possível perseguição. Sim, não fosse a mãe da moça se abalar lá da Aldeia, à procura dela. E não foi que abalou mesmo!
O que se passou a seguir não interessa para esta história mas sempre quero dizer que passado pouco tempo, devido à sua falta de espaço, para poder transportar o Zé e a Moça, o Minor, seria substituído por uma “Vespa” que durante alguns anos, passou a ser a companheira preferida, do jovem casal.
Quanto ao destino do Minor, perdeu-se nos confins da memória, mas rezam as crónicas que anos mais tarde, também a Vespa que já era pequena para transportar a família que entretanto tinha aumentado, foi substituída por uma “Diane”.
Hoje, passados mais de trinta anos, o Zé, não quer deixar esta história por aqui e numa homenagem à participação destes companheiros na sua vida, dedica-lhes agora, todo o seu respeito e carinho, extensivo a todos os ciclomotores com mais ou menos idade que terão histórias belas e interessantes que valerá a pena recordar.
Nunca é demais lembrar que “quem possui um ciclomotor antigo, possui também um pouco da história” que todos transportam na sua já longa existência.
Gostaria de terminar esta narrativa, com um apelo que me parece de extrema importância:

-Nunca confundam “velho” com “antigo”. “Velho”, é aquele ciclomotor a quem deixaram que o passar do tempo cumprisse o seu impiedoso trabalho de destruir e estragar.
No “Antigo”, o tempo passou mas o carinho e o cuidado de alguém não deixou que esse mesmo passar do tempo, o estragasse. A este podemos chamar “clássico”, ao outro “sucata”.
Nunca deixem que o vosso ciclomotor se transforme em “sucata”, tratem-no com o carinho!
Sintam-se honrados de possui-lo e do privilégio de poder, usufruir da verdadeira sensação de liberdade que só o desfilar com ele, lhes pode dar!

AOS LEITORES DA AVEZINHA

(Ao Jornal "A Avezinha" que ao publicar umas rimas minhas sobre o milénio, resolveu identificar-me como natural de Conceição - Tavira???")

“Eu sou de gema um Farense”

EU CÁ NÃO SOU TAVIRENSE
QUE A TODOS SEJA BEM CLARO
EU SOU DE GEMA UM FARENSE
NASCIDO NA CONCEIÇÃO DE FARO


OS LEITORES DA AVEZINHA
GOSTAVA DE ESCLARECER
QUE LÁ POR ALGUÉM ESCREVER
ESSA TERRA NÃO É MINHA
E MUITA PENA EU TINHA
QUE A PENSAR ALGUÉM HOUVESSE
OU QUE TALVEZ ATÉ DISSESSE
QUE EU NASCI EM TAVIRA
MAS COMO ISSO É MENTIRA
EU CÁ NÃO SOU TAVIRENSE


EU NÃO SEI COMO APARECEU
O NOME DESSA CIDADE BELA
MAS EU CÁ NÃO NASCI NELA
POR ISSO NÃO SOU FILHO SEU
MAS COMO ALGUÉM REMEXEU
NO QUE PARA MIM É TÃO CARO
FICA AQUI ESTE REPARO
QUE SEJA ASSIM PUBLICADO
POIS EU NASCI NOUTRO LADO
QUE A TODOS SEJA BEM CLARO


SE QUEREM MESMO SABER
O NOME DA MINHA CIDADE
EU DIGO QUE NA VERDADE
ME DARÁ MUITO PRAZER
SEU NOME AQUI ESCREVER
PARA QUE NÃO SE PENSE
QUE SOU MAIS UM TAVIRENSE
EU DIGO QUE AFINAL
PORQUE SOU DE FARO NATURAL
EU SOU DE GEMA UM FARENSE


SÓ FALTA DIZER O LOCAL
ONDE SE DEU TAL NASCIMENTO
FOI NESSE BELO MOMENTO
QUE EU VIM AO MUNDO AFINAL
POR ISSO NÃO ME LEVEM A MAL
SE DESTA FORMA DECLARO
ESTE MOMENTO TÃO RARO
É COM ORGULHO QUE DIGO
QUE FOI ESTE VOSSO AMIGO
NASCIDO NA CONCEIÇÃO DE FARO

SAUDADES

"Fiquei com mais saudades"

MANDASTE UM DIA SAUDADES
JUNTEI AS TUAS ÁS MINHAS
EU FIQUEI COM MAIS SAUDADES
TU NEM AS POUCAS QUE TINHAS
(Madressilva)

ESTA MINHA POESIA
É AMOR, É TERNURA
É UMA DOCE LOUCURA
DA MAIS PURA FANTASIA
MOSTRANDO ASSIM OUSADIA
EM ILUDIR AS VERDADES
E AS TUAS REALIDADES
QUE SÓ PARA ME ESQUECERES
TALVEZ ATÉ SEM TU QUERERES
MANDASTE UM DIA SAUDADES!


E NA MINHA AMARGURA
DE TE NÃO DEIXAR PARTIR
EU PENSEI MEIO A SORRIR
É SÓ UMA AVENTURA
E PASSADA A LOUCURA
TU DE NOVO AQUI VINHAS
OUVIR AS PALAVRAS MINHAS
MAS AS SAUDADES CAUSAM DOR
P’RA AUMENTAR ESSE VALOR
JUNTEI AS TUAS ÁS MINHAS!


SE TU QUISERES MESMO SABER
COMO É QUE ESTOU AGORA
EU DIGO QUE MUITO EMBORA
ME CUSTE ASSIM TE PERDER
NADA TE POSSO PROMETER
PORQUE AS TUAS LIBERDADES
CAUSAM GRANDES ANSIEDADES
NESTE CORAÇÃO CANSADO
QUE SÓ POR QUERER SER AMADO
EU FIQUEI COM MAIS SAUDADES!


RESTA-ME ENFIM DECLARAR
SEM A MINIMA PRETENSÃO
QUE ESPERO A OCASIÃO
PARA TE PODER ABRAÇAR
COM TUDO A BEM TERMINAR
E NESTAS PALAVRAS MINHAS
FAÇO AS CONTAS CERTINHAS
DIZENDO ESTAS VERDADES
SE A MIM FICAM SAUDADES
TU NEM AS POUCAS QUE TINHAS!

O ZÉ, A VESPA E O MANEL

“A Magana”

O Zé já não sabia o que lhe havia de fazer, dava ao pedal, repetia a pedalada e nada.
Depois de muito teimar resolveu, tirar a tampa que cobria o motor e armar-se em mecânico.
O Manel que assistia sorridente e curioso a este percalço, foi-se chegando para o pé dos dois, Vespa e Zé, na expectativa de poder ajudar.
Não tardou nada e já o Manuel estava agachado junto à Vespa, no lado oposto ao do Zé. Enquanto o Zé dava ao pedal de arranque, o Manel espreitava o motor, na expectativa de vislumbrar alguma coisa que lhe dissesse o que se passava.
Era noite cerrada, a fraca luz da lâmpada que iluminava a rua, não deixava ver bem, a “coisa” parecia complicada.
Talvez faltasse alguma coisa, quase de certeza que faltava, mas o Zé não atinava com o problema.
Apesar do frio, o Zé transpirava por todos os lados. Era horas do jantar e a Vespa não dava sinais de querer abalar. Mais uma pedalada e nada. O pior é que o motor daquela 125, tinha uma compressão que ao fim de várias pedalas, deixavam o Zé, além de irritado, muito cansado!
De repente o Manel espreitando o teimoso motor, pareceu-lhe ver uma pequena faísca, azulada saindo ali da parte de cima e ao mesmo tempo que avisava o Zé, colocava a ponta do dedo indicador, no sitio onde vira a faísca.
Sem perceber de imediato o que se estava a passar, o Zé deu mais uma valente pedalada no pedal de arranque.
De imediato, o bom do Manel sente um enorme esticão, dá um valente salto, desenrola-se todo e cai para trás no chão molhado.
Tinha recebido uma forte descarga eléctrica, vinda directamente da bobine e que se destinava à vela, mas devido a um mau contacto deixava saltar uma leve faísca atraindo a atenção e o dedo espetado do pobre do Manel.
Uns bons volts de corrente alterna quase deixaram o Manel a dormir.
O pior foi quando se levantou, o Manel exclamou meio zangado, meio admirado, eh pá, a “magana” dá choque!!!
Quase que me arranca o braço!!!
A magana era, no dizer do Manel, a Vespa.
Desta vez foi o Zé a sorrir, na verdade o amigo sem saber tinha descoberto onde estava o problema.
Foi só apertar a porca que segurava o fio da bobine ao carapuço da vela, dar mais uma pedalada, já está, o motor da Vespa começou a bater de novo, fazendo ouvir o belo som indicativo que tudo já estava bem.
Bom só restava agradecer ao Manel, a sua dedicada ajuda e para isso nada melhor do que estacionar a Vespa, entrar na Taberna e pedir um bom “bagacinho” que vinha mesmo a calhar para aquecer o coração, o estômago e a alma do Manel.
Obrigado Manel, se não fosses tu, talvez ainda agora eu estava a dar ao pedal, para o raio da Vespa pegar!
N`a faz mal, replica o Manel, os amigos são para isso mesmo, mas a magana quase que me arrancava o braço, repete, n’a viste?
Vi, vi, digo eu meio a sorrir, a magana dá um coice forte n’a dá?
Dá, dá, repete o Manel empinando mais um bagaço.
Vendo que a cena do bagaço iria repetir-se por muitas vezes, sim porque o Manel, não era moço de um bagaço ou dois, o Zé interrompeu este repetitivo diálogo, agradecendo mais uma vez e dizendo, eh pá vou-me embora porque tenho a mulher com o jantar há espera, se não fosses tu bem podia ela esperar.
Saiu de imediato porque o Manel já ensaiava a sua característica frase e tantas vezes repetida “n’a pagas mais um?”
Bom, já agora, se não fosses tu Manel, também eu não tinha esta história para contar!
Obrigado!
Ou será que eu inventei esta história e ao contrário de outras histórias, a única coisa verdadeira aqui são as personagens. Tudo o resto foi inventado!?
Agora também não importa, porque a ser verdadeira, esta história tem já mais de trinta anos!
Trinta anos, imaginem!
E a mim parece-me que foi ontem!
Bom vou-me embora antes que vocês me peçam mais uma história e porque tal como há trinta anos atrás, tenho a mulher e o jantar à espera.
Obrigado por terem a paciência de ler esta história.
Também se não fossem vocês, talvez nem sequer a tivesse escrito.
Talvez, quem sabe?
E já agora, se virem por aí o Manel, dêem-lhe cumprimentos meus e digam lhe que eu ando doido à procura da magana, a Vespa que se foi embora há mais de vinte anos, mas ainda hoje, parece-me ouvir o palpitar do seu motor.
Tenho saudades pronto!
O que é que querem!
Há, mas podem ter a certeza que se a encontrar não a deixarei partir outra vez!
Eh pá, com esta conversa toda, até me esqueci do jantar!
E da mulher!
Até à próxima, se não for antes!

SER VELHO

SER VELHO NÃO É DEFEITO
DIGO EU E É VERDADE
SER VELHO É MAIS UM “FEITO”
DE QUEM VIVEU A MOCIDADE

A MOCIDADE VIVIDA
NO PASSAR DO DIA A DIA
FOI UMA FASE NA VIDA
QUE NOS DEU MUITA ALEGRIA

NÃO VALE A PENA CHORAR
A MOCIDADE QUE NÃO TEMOS
MAS SABE BEM RECORDAR
OS BONS MOMENTOS QUE VIVEMOS

AO PERDER A MOCIDADE
QUALQUER COISA SE PASSOU
AGORA TEMOS MAIS IDADE
E A NOSSA VIDA MUDOU

NÃO FAÇAM TROÇA DE NÓS
POR SERMOS A TERCEIRA IDADE
SE AGORA SOMOS AVÓS
JÁ TIVEMOS A VOSSA IDADE

PARA PODER ENVELHECER
SEM MUITA PREOCUPAÇÃO
O IDOSO PRECISA TER
PAZ, AMOR E COMPREENSÃO

AS PROMESSAS

"Que venham melhores dias"

TU QUE TANTO PROMETESTE
ENQUANTO NADA PODIAS
AGORA QUE PODES ESQUECESTE
TUDO AQUILO QUE PROMETIAS
(António Aleixo)

PROMETES OBRA ACABADA
SÓ PARA O POVO ILUDIR
PARA DEPOIS LOGO A SEGUIR
SEM SEQUER SER INICIADA
ESSA OBRA FICAR PARADA
NA ELEIÇÃO QUE VENCESTE
ATUA PALAVRA PERDESTE
COM UMA DESONRA TAMANHA
DECERTO SENTIRÁS VERGONHA
TU QUE TANTO PROMETESTE

NÃO QUERO AGORA CALAR
UM SENTIMENTO DE REVOLTA
PORQUE TODOS Á TUA VOLTA
ESTÃO TAMBÉM A RECLAMAR
E NÃO VALE A PENA IGNORAR
TUDO AQUILO QUE PROMETIAS
COM CERTEZA TU SABERIAS
QUE NADA CUSTAVA PROMETER
TUDO PARA TODOS FAZER
ENQUANTO NADA PODIAS

MAS SEMPRE TE QUERO DIZER
É GRANDE A DESILUSÃO
DE TODOS OS QUE ESTÃO
HÁ ESPERA PARA ENFIM VER
SE IRÁS AGORA FAZER
AQUILO QUE NUNCA FIZESTE
COM A PALAVRA QUE NOS DESTE
HÁ MUITO TEMPO PERDIDA
É COMO TUDO NA VIDA
AGORA QUE PODES, ESQUECESTE

RESTA-NOS A CONSOLAÇÃO
DE PODER-MOS AQUI DECLARAR
QUE NÃO ESTAMOS A GOSTAR
DE TODA ESTA SITUAÇÃO
ESPERANDO A OCAISÃO
E QUE VENHAM MELHORES DIAS
TRAZENDO MUITAS ALEGRIAS
PORQUE TU NA REALIDADE
ESQUECESTE NA VERDADE
TUDO AQUILO QUE PROMETIAS

O CANDIDATO

O CANDIDATO-2005

DOS VOTOS ANDA À CAÇA
SEMPRE COM GRANDE SIMPATIA
NÃO HÁ NADA QUE NÃO FAÇA
PARA OBTER A MAIORIA

SORRISOS, APERTOS DE MÃO
ABRAÇOS DE QUEBRA OSSOS
QUE NÃO HAJA CONFUSÃO
ESTE CANDIDATO É DOS VOSSOS

PARA A GRATIDÃO MERECER
UMA CANETA VENHO DAR
AGORA, NÃO SE VÃO ESQUECER
EM QUEM TÊM DE VOTAR

INSINUAÇÕES E INSULTO
É COISA QUE MUITO SE USA
ATÉ PROVOCAR UM TUMULTO
O CANDIDATO NÃO RECUSA

PRECISANDO CONTAR CONTIGO
NESTA VITORIA QUASE CERTA
DECLARA SER TEU AMIGO
COM A PORTA SEMPRE ABERTA

MAS TERMINADA A ELEIÇÃO
DESAPARECE O AMIGO
VOLTA O POLITICO, ESSE ENTÃO
NÃO QUER NADA CONTIGO

TERMINADA A ELEIÇÃO
TUDO VOLTA A SER COMO ANTES
ACABADA A VOTAÇÃO
ESQUECEM-SE OS VOTANTES

E QUATRO ANOS PASSADOS
VOLTA TODA A SIMPATIA
O AMIGO DOS QUATRO COSTADOS
REAPARECE, POR MAGIA!

O POVO TEM MÁ MEMÓRIA
MESMO QUANDO É MAL TRATADO
BASTA FALHAR-LHE EM VITÓRIA
FICA LOGO ENTUSIASMADO

ENGANOU-SE O CANDIDATO
E NÃO PENSOU ACERTADO
PERDEU ESTE CAMPIONATO
POR SI FOI DERROTADO

OS POLITICOS

“Aprendiz de politico”

NA POLITICA FUI APENDIZ
OUVI OS CHEFES COM ATENÇÃO
O QUE SE DIZ, LOGO SE DESDIZ
MAS É TUDO A BEM DA NAÇÃO

TEM GRANDE ENERGIA
OS POLITICOS A MEU VER
QUASE QUE FAZEM NUM DIA
O QUE LEVA ANOS A FAZER

OS POLITICOS A MEU VER
TEM UMA VIDA REGALADA
FAZEM TUDO A PROMETER
P’RA DE POIS NÃO FAZER NADA


PROMETER OBRA ACABADA
SÓ P’RA ILUDIR O POVO
O MELHOR É NÃO FAZER NADA
SEMPRE SE PODE PROMETER DE NOVO

REUNIÕES CONGRESSOS, DEBATES
TUDO ISTO A MEU VER
P’RA MANTER FIÉIS OS BASBAQUES
E AUMENTAR O SEU PODER


POLITICO NÃO QUERO SER
NEM SEQUER A BRINCAR
NÃO GOSTO DE PROMETER
AQUILO QUE NÃO POSSO DAR

A INAUGURAÇÃO DA JUNTA

“O Que se passa na Conceição"

AMIGO E SENHOR PRESIDENTE
DIGA LA AQUI A GENTE
O QUE SE PASSA NA CONCEIÇÃO
O OBRA ESTÁ HÁ MUITO ACABADA
MAS A JUNTA NÃO É INAUGURADA
POR QUAL SERÁ A RAZÃO


A FESTA ATÉ JÁ ESTEVE MARCADA
MAS DEPOIS FOI ADIADA
SEM UN MOTIVO APARENTE
E A JUNTA LÁ CONTINUA
DANDO O EXPEDIENTE NA RUA
PARA MAL DE TODA A GENTE


DESCULPE-ME A INSISTÊNCIA
MAS FALTA-ME A PACIÊNCIA
PARA AGUARDAR O MOMENTO
SERÁ PRECISO ESPERAR
O SEU MANDATO ACABAR
PARA ASSISTIR A TAL EVENTO


RESTA-NOS ENFIM A ESPERANÇA
NÃO SEJA POR UMA MESQUINHA VINGANÇA
QUE SE NÃO FAÇA A INAUGURAÇÃO
MAS SE ISTO ASSIM CONTINUAR
ATÉ SE PODERÁ PENSAR
QUE EXISTE TAL INTENÇÃO


VOLTO A INSISTIR
POIS É O QUE PODE OUVIR
NA BOCA DE TODA A GENTE
NÃO É SO PROMETER
DEPOIS TAMBÉM TERÁ QUE FAZER
ALGUMA COISA PELA GENTE

E SÓ PARA TERMINAR
GOSTAVA AQUI DE DEIXAR
UM VOTO EM NOME DA GENTE
QUE DEUS LHE DEI SAUDE
E QUE TAMBÉM O AJUDE
A SER UM BOM PRESIDENTE